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Dificuldades de atenção e concentração, pode ser TDAH?

Não é novidade que a habilidade atencional é essencial e primordial para qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. É uma das habilidades cognitivas que é mais observada, e a falta de atenção e concentração é facilmente notada nas mais variadas situações da vida cotidiana.
Já há alguns anos, o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é
considerado um distúrbio de neurodesenvolvimento e é caracterizado por condições neurológicas que surgem ainda na primeira infância. Existem 3 tipos de TDAH, os que são predominantemente desatentos, hiperativo/impulsivos e combinados. 

 O TDAH vem sendo mais popularmente conhecido e é verdade que o número de diagnósticos aumentou consideravelmente nos últimos anos. Um dos fatores que pode justificar o aumento no número de diagnósticos é o acesso a informação. Os pais estão
atualmente mais esclarecidos e buscam explicações com especialistas de questões
que no passado eram deixadas de lado. Muitos especialistas acreditam também que
o TDAH é superdiagnosticado, isso porque os critérios que concluem o diagnóstico são analisados muitas vezes de forma imprecisa. Não existe hoje ainda um marcador único que realiza o diagnóstico do TDAH, ele é diagnosticado por uma equipe multidisciplinar que se baseia na maioria das vezes em observações clínicas, escalas e testes que ajudam na análise dos sintomas e diagnóstico.  

O TDAH não possui uma causa específica, suas causas incluem fatores genéticos, bioquímicos, sensórios-motores, fisiológicos e comportamentais.


As dificuldades atencionais na infância e adolescência

Já é consenso entre os especialistas que o TDAH surge na infância e é de fato nela que estão concentradas as maiores queixas e o maior número de diagnósticos fechados. O Transtorno afeta cerca de 8% a 11% de crianças em idade escolar. Mas, a grande pergunta é: Será que é uma desatenção normal ou pode ser TDAH?

Comportamento desatento é comum e esperado para todas as pessoas, mas com um limite, claro! Esse limite vai variando de acordo com a idade e o desenvolvimento da maturidade cerebral. Quanto mais novo e mais imaturo o cérebro é, mais dificuldades na sustentação das habilidades cognitivas ele irá enfrentar. Assim é com a habilidade atencional. O nível de concentração esperado para uma criança de 3 anos é bem menor do que o esperado para uma criança de 6 anos, por exemplo. Existem métricas que acompanham o desenvolvimento cognitivo e seus marcos, sendo referência na análise do que é um comportamento esperado ainda para a idade e o que pode ser considerado um
excesso e um possível Transtorno.


As dificuldades atencionais na vida adulta

Embora o TDAH seja um Transtorno que sempre se inicia na infância, é comum pessoas recorrerem à uma avaliação profissional na vida adulta, devido a sintomas comportamentais evidentes e que trazem na maioria das vezes prejuízos importantes. O diagnóstico na fase adulta pode ser mais difícil de ser concluído pois os sintomas podem ser semelhantes aos de Transtornos de Humor, Transtornos de Ansiedade e Transtornos por uso abusivo de substâncias.


A avaliação diagnóstica e tratamento

Somente um profissional especialista consegue avaliar sintomas e diferenciar o que é ou não é comportamento esperado para cada faixa etária. O diagnóstico auxilia e muito a vida de um paciente com TDAH, que terá a possibilidade de buscar recursos para melhorar e adaptar suas defasagens relacionadas a atenção, concentração e agitação.

O tratamento para cada caso será indicado por um bom profissional e as condutas podem associar sessões terapêuticas à medicação.

 Portanto, busque uma equipe profissional de qualidade, que possa realizar com assertividade a avaliação e encaminhar o melhor tratamento!

Vanessa Barcelos
Psicopedagoga