bullying

Vamos falar sobre Bulliyng: um guia básico para a família

Tempo de leitura: 5 minutos.

 

Apelidos, “brincadeiras” e piadas tem limite e um limite muito tênue, onde uma brincadeira pode se transformar numa intimidação sistemática. Imagino que você já tenha ouvido falar sobre bullying, mas você sabe realmente do que se trata? Consegue identificar se seu filho já passou por isso na escola? Sabia que existe uma legislação específica para o assunto?

Segundo a Lei 13.183/2015, que instituiu o programa de combate a intimidação sistemática, o bullying se caracteriza por todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitiva que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio e de poder entre as partes envolvidas.

O bullying é uma ameaça concreta a que o seu filho está exposto todos os dias. Conhecer e saber identificar os seus sinais é de fundamental importância para prevenir problemas futuros.

 

Até que ponto vai a brincadeira?

As brincadeiras e rivalidades entre as crianças são comuns na fase escolar. Comparações, apelidos e conflitos fazem parte desse universo, afinal estão construindo as relações sociais e experimentando um mundo além do convívio familiar.

Hoje em dia o bullying ganha campo também no espaço virtual, o chamado ciberbullying.  Ele também não se restringe aos espaços escolares e na internet toma amplitudes difíceis de medir e apagar, por isso é tão importante ficar atento ao que seu filho acessa na internet e nas redes sociais.

Brincadeira tem limite e esse limite se torna claro quando a brincadeira violenta fisicamente ou psicologicamente, trazendo prejuízo à vítima. Quando é repetitiva e danosa, piada que só uma pessoa ri, não tem graça nenhuma.

 

Alerta vermelho

Mas como reconhecer que seu filho é vítima de bullying?

Alguns sinais podem ser

  1. Mudanças de humor
  2. Resistência de ir à escola
  3. Dificuldades de socialização
  4. Queda na autoestima
  5. Isolamento
  6. Ansiedade Agitação
  7. Sintomas físicos (pouco apetite, dor de cabeça, enjoos, principalmente próximo ao horário de ir para a escola)
  8. Hematomas e machucados

É importante ressaltar que esses sinais não podem ser considerados isoladamente, não são um diagnóstico, mas sim características observadas em situações que envolvem bullying. Identificando essas mudanças, procure investigar, conversar com a escola, com o seu filho e agir imediatamente para prevenir prejuízos mais sérios.

 

Vamos conversar sobre bullying

Converse com seu filho, pergunte o que ele conhece a respeito, se já presenciou situações de intimidação na escola ou nos ambientes que frequenta. É necessário informar as crianças que nem tudo caracteriza bullying, essa expressão tem sido usada em demasia no senso comum.

A família tem um papel importantíssimo na identificação e combate ao bullying, pois creio que os pais devem ser profundos conhecedores de seus filhos e acompanhar de perto sua vida e rotina. Mas, e quando suspeitar que o seu filho tem praticado bullying? A conversa é sempre a melhor opção, os comportamentos agressivos devem ser investigados e tratados, se necessário procure ajuda especializada para lidar com a situação.

Assuntos delicados, como o bullying devem fazer parte das conversas, falar de forma aberta e carinhosa, investir tempo produtivo na formação humana do seu filho colabora para alicerçar uma relação de confiança.