A dislexia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a habilidade de leitura, escrita e ortografia, atingindo cerca de 5% a 17% da população mundial, segundo dados da ABD (Associação Brasileira de Dislexia). Ao longo das últimas décadas, muitas pesquisas têm sido realizadas para entender melhor essa condição e como ela afeta o processo de aprendizagem.
Para entender melhor o que é a dislexia, clique aqui.
Neste artigo, vamos apresentar algumas das principais descobertas da pesquisa sobre o tema.
1- Causas da dislexia
As pesquisas apontam que a dislexia é causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Dados demonstram que há uma alta incidência desse transtorno em famílias com histórico do distúrbio. Além disso, problemas na formação do cérebro, durante o desenvolvimento fetal e infantil, como a falta de oxigênio, podem aumentar as chances. Também há uma relação com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
2- Dificuldades de escrita
Estudos apontam que a dislexia também afeta a habilidade de escrita, especialmente na ortografia. Pessoas com essa condição têm dificuldade em escrever palavras corretamente e em organizar as ideias de forma coerente. Além disso, têm maior dificuldade em lembrar e aplicar as regras ortográficas.
3- Dificuldades de leitura
As principais dificuldades estão relacionadas à decodificação da palavra escrita e ao reconhecimento de palavras familiares. Pessoas disléxicas têm dificuldade em distinguir letras e sons e em associar as letras com os sons correspondentes. Além disso, têm maior dificuldade em ler palavras que não são familiares ou que possuem grafias irregulares.
4- Dificuldades em reconhecer vozes
Neurocientistas no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), mostram que devido a um processamento auditivo alterado, o cérebro tem dificuldades em diferenciar as características das vozes. Em outras palavras, para o cérebro de uma pessoa com dislexia, pode ser mais difícil distinguir as diferenças sutis entre as vozes de diferentes pessoas.
Tal dificuldade afeta a vida social e profissional, uma vez que reconhecer vozes é uma habilidade importante para a interação social e a comunicação afetiva.
5- É mais comum em meninos
A razão pela qual a dislexia é mais comum em meninos do que em meninas ainda não é completamente compreendida, mas há várias teorias que tentam explicar essa diferença de gênero, sendo algumas delas:
- A estrutura cerebral diferente, sendo mais organizado e eficiente para linguagem e leitura os do sexo feminino, enquanto os do sexo masculino são mais especializados em habilidades visuais e espaciais.
- As diferenças hormonais entre meninos e meninas podem desempenhar um papel. A testosterona, um hormônio masculino, pode estar associada a um risco aumentado de dislexia. No entanto, essa teoria ainda é objeto de pesquisa e não há evidências conclusivas de que os níveis de testosterona sejam a causa da diferença de gênero na dislexia.
Contudo, é importante notar que, embora esse transtorno seja mais comum em meninos, ela ainda afeta muitas meninas.
6- Impacto emocional
As pesquisas revelam que a dislexia pode ter um impacto emocional significativo nas pessoas afetadas, especialmente na autoestima e na autoconfiança. Pessoas com dislexia tendem a se sentir frustradas e desmotivadas com o processo de aprendizagem, o que pode levar a problemas emocionais e comportamentais. Por isso, é importante oferecer apoio emocional e incentivo aos pacientes com dislexia.
Tratamento
O tratamento para dislexia deve ser baseado em intervenções específicas, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente e incluir atividades para melhorar a decodificação, o reconhecimento de palavras, compreensão de leitura e a ortografia.
Para isso, é importante a fonoterapia e a psicopedagogia. além da participação dos pais e professores, para que possam oferecer apoio e incentivo ao paciente.
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