Tempo de leitura: 3 minutos
Os diagnósticos de autismo aumentaram nos últimos anos, saltando de 1 a cada 150 crianças para 1 a cada 36 crianças. Devido a esse aumento, várias pesquisas sobre o tema começaram a ser feitas e trouxemos as 4 mais recentes para você ficar inteirado sobre o assunto:
Veja também: O que é TEA?
1- Espaços ampliados no cérebro infantil
Um estudo, liderado por Dea Garic e Mark Shen da Universidade da Carolina do Norte, revelou que bebês com espaços perivasculares anormalmente ampliados no cérebro têm 2,2 vezes mais chances de desenvolver autismo. Esses espaços são canais que ajudam a limpar toxinas cerebrais e o aumento dele está ligado a problemas de sono.
A pesquisa examinou bebês com irmãos com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Descobriu-se que 30% dos bebês que desenvolveram autismo tinham espaços perivasculares ampliados aos 12 meses e quase metade aos 24 meses. Crianças com espaços perivasculares aumentados aos dois anos têm mais distúrbios do sono na idade escolar.
Os pesquisadores destacam a importância de monitorar anomalias cerebrais em bebês para possíveis problemas de desenvolvimento. Estudos futuros investigarão a circulação do líquido cefalorraquidiano no cérebro de bebês e sua relação com condições neurogenéticas.
2- Aumento do QI médio em autistas na fase adulta
O estudo do Departamento de Psiquiatria Infantil e Adolescente de Londres acompanhou pessoas com TEA desde a infância até a idade adulta inicial, avaliando suas habilidades cognitivas e sintomas de autismo aos 12, 16 e 23 anos.
Dos 158 participantes aos 12 anos, 126 foram reavaliados aos 23 anos. Descobriu-se que o QI aumentou ao longo do tempo, mas os sintomas de autismo permaneceram estáveis.
O tipo de escola e o nível inicial de linguagem previram o QI, com aqueles com regressão na linguagem mostrando maiores ganhos. Além disso, notavelmente, os jovens em escolas regulares exibiram menos sintomas de autismo aos 23 anos do que aqueles em ambientes especializados.
Veja também: Superdotação e autismo
3- TEA pode ter fatores genéticos, neurológicos e no microbioma intestinal
Um artigo publicado pela revista Medical News Today revela que um estudo financiado pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), chamado Estudo para Explorar o Desenvolvimento Precoce, está investigando fatores potencialmente ligados ao autismo, bem como variantes genéticas, fatores neurológicos e desequilíbrios no microbioma intestinal, um direcionamento novo nos estudos sobre o TEA, que podem contribuir para esse neurotipo.
A pesquisa também aborda o papel das terapias e intervenções precoces no tratamento do autismo. A detecção precoce e as intervenções terapêuticas podem levar a melhores resultados a longo prazo.
4- Meninos e meninas possuem sintomas diferentes de autismo?
Pesquisadores da Universidade da Califórnia investigaram se os sinais de autismo se manifestam de forma diferente entre meninos e meninas. Eles analisaram dados de testes de autismo feitos por crianças em 27 locais diferentes, considerando idade, QI e nível de linguagem.
Descobriram que, em geral, não há muita diferença nos sintomas entre meninos e meninas, mas os meninos tendem a ter pontuações um pouco mais altas em comportamentos repetitivos e restritos. Por outro lado, as meninas mostraram ter pontuações mais altas em certos aspectos sociais na adolescência.
Embora existam algumas diferenças pequenas, elas não são tão significativas a ponto de exigir testes de autismo diferentes para cada gênero.
A Evoluir possui um time de psicopedagogas e psicólogas especializadas em casos de autismo prontas para lhe ajudar. Faça um contato conosco para receber mais informações, será um prazer atender você! 😊