Mulher loira em meio a uma Síndrome do Pânico

Síndrome do Pânico – Diagnóstico e Tratamentos

A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado pela ocorrência de ataques de pânico recorrentes e inesperados. Durante um ataque, a pessoa vivencia uma intensa sensação de medo ou terror, acompanhada por uma série de sintomas físicos e emocionais avassaladores.

Os sintomas físicos mais comuns durante um ataque de pânico incluem:

  • Palpitações cardíacas aceleradas;
  • Sudorese intensa;
  • Tremores;
  • Falta de ar;
  • Sensação de sufocamento;
  • Dor ou desconforto no peito;
  • Tontura;
  • Náuseas;
  • Formigamento ou dormência nas extremidades;
  • Sensação de descontrole;
  • A pessoa também pode ter uma forte sensação de medo de morrer ou enlouquecer.

Quem tem a Síndrome do Pânico pode experimentar um medo intenso de ter novos ataques, o que leva à ansiedade antecipatória. Isso resulta em um estado constante de alerta e vigilância, na tentativa de evitar situações ou lugares que possam desencadear um ataque. A ansiedade antecipatória pode afetar a vida diária, levando ao isolamento social e à restrição das atividades cotidianas, em casos mais graves, à depressão.

Durante um ataque, a pessoa pode ter a sensação de que algo terrível está prestes a acontecer, mesmo sem um motivo aparente. Essa intensa sensação de ameaça pode ser extremamente avassaladora e assustadora para o indivíduo afetado.

É importante ressaltar que a Síndrome do Pânico é um transtorno real e debilitante, não apenas uma manifestação de fraqueza ou falta de controle emocional. Compreender os sintomas e a natureza dessa condição é fundamental para buscar o diagnóstico e tratamento adequados, permitindo uma melhoria na qualidade de vida e no bem-estar emocional dos indivíduos que vivenciam essa condição.

Como é feito o diagnóstico de Síndrome do Pânico?

O diagnóstico para Síndrome do Pânico é baseado na avaliação clínica realizada por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo. Geralmente, o processo de diagnóstico envolve os seguintes aspectos:

Avaliação dos sintomas

O profissional irá entrevistar o indivíduo para obter informações detalhadas sobre os sintomas que ele está experimentando. Isso pode incluir a frequência, a intensidade e a duração dos ataques de pânico, bem como outros sintomas de ansiedade que podem estar presentes.

Exclusão de outras condições médicas

É importante descartar a presença de outras condições médicas que possam estar contribuindo para os sintomas. Algumas patologias, como problemas cardíacos, podem apresentar sintomas semelhantes aos da Síndrome do Pânico. Portanto, exames médicos podem ser solicitados para descartar outras condições.

Critérios diagnósticos

O profissional irá comparar os sintomas relatados pelo indivíduo com os critérios estabelecidos nos manuais de diagnóstico, como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Para um diagnóstico de Síndrome do Pânico, é necessário atender aos critérios específicos, incluindo a presença de ataques de pânico recorrentes e inesperados.

Histórico pessoal e familiar

O profissional também pode investigar o histórico pessoal e familiar do indivíduo em relação a transtornos de ansiedade, ataques de pânico ou outras condições mentais. Isso pode ajudar a identificar fatores de risco e padrões hereditários.

É importante que o diagnóstico seja realizado por um profissional qualificado, pois existem outros transtornos que podem apresentar sintomas semelhantes à Síndrome do Pânico. Um diagnóstico preciso é fundamental para garantir um tratamento adequado e personalizado.

Tratamentos

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é amplamente reconhecida como um tratamento eficaz para a Síndrome do Pânico. Baseia-se na ideia de que os pensamentos, emoções e comportamentos estão interconectados, e visa identificar e modificar os padrões de pensamentos negativos e distorcidos que contribuem para a ansiedade e os ataques de pânico.

Um dos princípios fundamentais da TCC é a reestruturação cognitiva, que envolve o desafio e a modificação de pensamentos negativos e irracionais. Isso é feito através da identificação de crenças disfuncionais e da substituição por pensamentos mais realistas e adaptativos. A reestruturação cognitiva ajuda a reduzir o medo antecipatório, diminuindo a probabilidade de desencadear um ataque de pânico.

A exposição gradual é uma técnica frequentemente utilizada na TCC para tratar a Síndrome do Pânico. Ela envolve a exposição controlada e gradual a situações ou estímulos que desencadeiam ansiedade e ataques de pânico. Ao enfrentar gradualmente essas situações temidas, os indivíduos aprendem que suas reações de ansiedade diminuem com o tempo, o que ajuda a reduzir o medo e a evitar comportamentos de evitação.

A terapia em grupo e o acompanhamento individualizado são componentes importantes no tratamento da Síndrome do Pânico com a TCC. A terapia em grupo oferece suporte social e a oportunidade de compartilhar experiências com pessoas que vivenciam desafios semelhantes. O acompanhamento individualizado permite que o terapeuta adapte a abordagem de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo, garantindo um tratamento personalizado e eficaz.

Veja também: Terapia on-line para crianças, como funciona?

Terapias Alternativas e complementares

Terapias alternativas e complementares, como meditação, yoga e acupuntura, têm sido exploradas como opções adicionais no tratamento da Síndrome do Pânico. Estudos científicos têm demonstrado sua eficácia como complemento aos tratamentos convencionais, ajudando a reduzir a ansiedade e melhorar o bem-estar emocional.

A meditação e a prática de mindfulness têm se mostrado úteis no cultivo da atenção plena e na redução dos sintomas de ansiedade. A ioga combina exercícios físicos suaves com técnicas de respiração e relaxamento, promovendo o equilíbrio emocional.

É importante ressaltar que buscar orientação profissional é essencial ao optar por terapias alternativas. Um profissional qualificado pode fornecer orientações adequadas, avaliar a viabilidade e a segurança dessas terapias, além de integrá-las ao tratamento convencional de forma adequada e personalizada.

terapia para paciente com síndrome do pânico

Estilo de Vida Saudável e Autocuidado

Adotar um estilo de vida saudável e praticar o autocuidado são componentes essenciais no tratamento da Síndrome do Pânico. Cuidar do corpo e da mente pode contribuir significativamente para reduzir a frequência e intensidade dos ataques, além de melhorar a qualidade de vida de quem vive com essa condição.

Uma prática importante é a atividade física regular. O exercício ajuda a reduzir a ansiedade e promover o equilíbrio emocional. A prática de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou natação, pode ser especialmente benéfica, pois libera endorfinas, neurotransmissores que promovem a sensação de bem-estar.

Uma alimentação balanceada também é fundamental. Consumir uma dieta rica em nutrientes, como frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, pode ajudar a estabilizar o humor e fornecer a energia necessária para o corpo. Evitar alimentos processados e ricos em açúcares é recomendado, pois eles podem contribuir para flutuações no humor, nos hormônios e na energia.

O sono adequado desempenha um papel crucial no gerenciamento da síndrome do pânico. Ter uma rotina de sono regular e criar um ambiente propício ao descanso pode promover a qualidade do sono. Estabelecer um horário consistente para dormir e acordar, evitar dispositivos eletrônicos antes de dormir e manter um ambiente tranquilo e confortável no quarto são práticas úteis.

vida saudável

Medicamento

No tratamento da Síndrome do Pânico, são comumente prescritos medicamentos para ajudar a controlar os sintomas e proporcionar alívio aos pacientes. Os antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), são amplamente utilizados. Eles ajudam a regular os neurotransmissores no cérebro, reduzindo a ansiedade e prevenindo os ataques de pânico.

Outra classe de medicamentos frequentemente prescritos são os benzodiazepínicos, que têm um efeito sedativo e ansiolítico. Eles são usados para controlar a ansiedade aguda e os sintomas de pânico durante os ataques, proporcionando um alívio rápido.

No entanto, é importante ressaltar que a prescrição e o acompanhamento médico são essenciais ao utilizar medicamentos. Cada indivíduo pode responder de forma diferente aos medicamentos, e o médico precisa avaliar a eficácia e os possíveis efeitos colaterais. Nessa conjuntura, a interrupção abrupta do uso de certos medicamentos, como os benzodiazepínicos, pode levar a sintomas de abstinência. Portanto, é fundamental seguir as orientações médicas, ajustar as doses conforme necessário e realizar um monitoramento constante para garantir a eficácia e minimizar os riscos associados ao uso desses medicamentos.

medicamento

A Evoluir possui um time de psicólogos qualificados para atender pacientes com Síndrome do Pânico. Faça um contato conosco para receber mais informações, será um prazer lhe atender! 😊