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Os malefícios do uso de telas antes dos 5 anos

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Você já refletiu sobre como o uso de telas pode afetar o desenvolvimento das crianças, especialmente aquelas com menos de cinco anos? Hoje em dia, é cada vez mais comum vermos os pequenos brincando com tablets, smartphones ou assistindo televisão, desde muito cedo.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos de idade não sejam expostas a telas, enquanto crianças entre 2 e 5 anos devem ter o tempo de tela limitado a, no máximo, uma hora por dia. Vamos destacar alguns malefícios dessa prática.

1 – Atraso no desenvolvimento cognitivo:

O cérebro das crianças em tenra idade está em pleno desenvolvimento, e este período crítico é fundamental para a formação de habilidades cognitivas essenciais. O uso prolongado de telas pode desviar a atenção das crianças de atividades mais interativas e sensoriais, resultando em um impacto negativo na atenção, memória e processamento da linguagem.

2 – Problemas de sono:

A exposição à luz azul emitida pelas telas pode interromper os ritmos circadianos naturais das crianças, prejudicando a qualidade e a quantidade de sono. A falta de sono adequado pode afetar negativamente o desenvolvimento físico e cognitivo, resultando em dificuldades de aprendizado, irritabilidade e problemas de comportamento.

3 – Impacto nas habilidades sociais:

As interações sociais desempenham um papel fundamental no desenvolvimento emocional e social das crianças. No entanto, o uso excessivo de telas pode substituir essas interações significativas por experiências digitais isoladas, prejudicando o desenvolvimento de habilidades sociais, como empatia, comunicação verbal e não verbal, resolução de conflitos e cooperação.

4 – Risco de dependência digital:

As telas oferecem uma fonte infinita de entretenimento e estímulo, o que pode levar as crianças a desenvolverem uma dependência precoce. Quando o tempo de tela supera o tempo dedicado a outras atividades essenciais, como brincadeiras criativas, exercícios físicos e interações familiares, as crianças correm o risco de desenvolverem uma relação pouco saudável com a tecnologia, o que pode persistir até a vida adulta.

5 – Impacto na saúde física:

O uso excessivo de telas está associado a um estilo de vida sedentário, o que pode aumentar o risco de obesidade infantil e problemas de saúde relacionados, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Além disso, posturas inadequadas durante o uso de dispositivos eletrônicos podem causar dores musculares, problemas de visão e distúrbios musculoesqueléticos.

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Como os pais podem lidar com esses desafios?

Estabelecer limites claros de tela: Definir regras consistentes sobre o tempo de tela diário e garantir que o tempo restante seja dedicado a uma variedade de atividades físicas, mentais e sociais.

Veja também: Como impor limites, sem recorrer ao autoritarismo? 4 dicas para nos auxiliar nesse processo

Oferecer alternativas estimulantes: Promover atividades offline que incentivem a criatividade, imaginação e interação social, como brincadeiras ao ar livre, jogos de tabuleiro, leitura de livros e envolvimento em hobbies.

Modelar comportamentos saudáveis: Os pais devem servir como modelos de comportamento, limitando seu próprio tempo de tela e participando ativamente de atividades familiares e interações significativas.

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Em última análise, o equilíbrio é a chave. Embora as telas possam desempenhar um papel positivo na vida das crianças, é essencial que seu uso seja monitorado de perto e equilibrado com uma variedade de experiências offline que promovam um desenvolvimento saudável.

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