O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) na adolescência, também conhecido como fobia social, é um transtorno mental caracterizado por um medo excessivo e persistente de situações sociais ou de desempenho, onde o adolescente tem uma preocupação intensa de ser julgado, humilhado ou rejeitado por outras pessoas. Isso pode resultar em evitação dessas situações ou em um grande sofrimento emocional quando o adolescente é exposto a elas.
Principais sintomas
Os sintomas do TAS na adolescência podem variar, mas geralmente incluem:
- Ansiedade intensa em situações sociais, como falar em público, participar de festas, interagir com estranhos, ou ser o centro das atenções;
- Preocupação excessiva antes, durante e após eventos sociais;
- Evitação de situações sociais ou de desempenho, ou esforços para enfrentá-las com grande angústia;
- Medo de ser humilhado, julgado ou rejeitado por outras pessoas;
- Dificuldade em fazer amigos ou estabelecer relacionamentos interpessoais próximos;
- Sintomas físicos, como rubor facial, tremores, sudorese, náuseas, palpitações ou dificuldade em falar em situações sociais;
- Baixa autoestima e autocritica em relação ao desempenho social.
Como saber se é fobia social ou timidez normal?
Embora ambos envolvam desconforto ou ansiedade em situações sociais, o TAS é uma condição clínica que vai muito além da timidez normal e pode ter um impacto significativo na vida diária do adolescente. Aqui estão algumas das principais diferenças:
Intensidade dos sintomas: No transtorno de ansiedade social, os sintomas de ansiedade são geralmente intensos e persistentes, interferindo nas atividades diárias, como ir à escola, ao trabalho, interagir com colegas, participar de eventos sociais, entre outros. Já a timidez normal pode causar desconforto em algumas situações sociais, mas geralmente é menos intensa e não atrapalha a rotina de forma significativa.
Duração dos sintomas: A ansiedade social tende a ser crônica, persistindo por um longo período, muitas vezes por meses ou até anos, se não for tratada. Já a timidez normal é mais temporária e pode diminuir ou desaparecer à medida que o adolescente se familiariza com uma situação social ou ganha confiança ao longo do tempo.
Prejuízo nas áreas da vida do adolescente: A fobia social pode interferir no desempenho acadêmico, nas relações sociais, na participação em atividades extracurriculares e até mesmo na saúde emocional e mental. Por outro lado, a timidez normal geralmente não causa prejuízos consideráveis nessas áreas.
Características físicas dos sintomas: No TAS, os sintomas podem incluir palpitações, sudorese, tremores, rubor facial e outros sinais físicos de ansiedade, que podem ser debilitantes e constrangedores. Na timidez, os sintomas físicos geralmente são menos intensos e não causam tanto desconforto.
Tratamento
O tratamento do Transtorno de Ansiedade Social pode variar em diferentes faixas etárias. Na adolescência, pode incluir terapia cognitivo comportamental, terapia de exposição, terapia de grupo, terapia familiar, ou medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais do adolescente.
É importante procurar um profissional de saúde mental qualificado para avaliar e tratar adequadamente e proporcionar apoio emocional ao adolescente afetado. Dessa forma, eles podem aprender a gerenciar seus sintomas e ter uma vida mais plena e saudável.
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É possível prevenir o desenvolvimento do TAS?
Embora não seja possível prevenir o desenvolvimento do Transtorno de Ansiedade Social com garantia absoluta, há medidas que podem ajudar a reduzir o risco de seu surgimento, como:
Educação sobre ansiedade: Informar-se sobre a ansiedade e ensinar aos adolescentes sobre os sinais, sintomas e estratégias de enfrentamento pode ser útil na prevenção do TAS. Isso pode ajudá-los a compreender que a ansiedade é uma emoção normal e que existem maneiras saudáveis de lidar com ela.
Ambiente familiar de apoio: Fornecer um ambiente familiar de apoio e encorajador pode ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição. Relacionamentos familiares saudáveis, onde os adolescentes se sintam ouvidos, compreendidos e apoiados emocionalmente, podem contribuir para a promoção de uma boa saúde mental.
Treinamento em habilidades sociais: Oferecer oportunidades para que os adolescentes desenvolvam habilidades sociais, como comunicação eficaz, assertividade, resolução de conflitos e autoafirmação podem ajudá-los a se sentir mais confiantes em situações sociais e reduzir a ansiedade.
Exposição gradual a situações sociais: Encorajar os adolescentes a enfrentarem situações sociais gradualmente, começando com exposições leves e progressivamente avançando para situações mais desafiadoras, pode ajudá-los.
Estímulo à participação em atividades sociais: Incentivar os adolescentes a participar de atividades sociais, como clubes, grupos esportivos, cursos de teatro, encontros ativos religiosos ou outras atividades extracurriculares que faça sentido para o adolescente, pode ajudá-los a desenvolver habilidades sociais e ampliar sua rede de amigos, reduzindo o isolamento social.
Monitoramento de sinais de ansiedade: Estar atento a sinais precoces de ansiedade social, como evitação excessiva de situações sociais, mudanças no comportamento ou humor, isolamento social ou queixas físicas frequentes, e buscar ajuda profissional precocemente, se necessário.
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